quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Parabéns equipa!

Parabéns! É uma das coisas mais simples e gratas que eu posso dizer a esta equipa. O meu estado de alma fala assim, não uma congratulação efusiva, mas antes consciente e madura. Este é o sentimento de uma adepta que vê a sua equipa enfrentar um momento de crise com dignidade, mostrando que não tem medo de alimentar os abutres que a sobrevoam com o sabor do falhanço. 
Não é fácil para nós, entrar na competição dos Campeões envolvidos nas malhas dos últimos acontecimentos. Sabemos perfeitamente que o risco era atroz. Não me refiro a dados classificativos, falo de um jogo na corda bamba, onde uma queda facilmente lançaria o clube num penhasco.
Finalmente conseguimos ver o Benfica às claras. Este é o melhor dos jogos até agora para fazer avaliações do desempenho da equipa. Sem arbitragens manhosas que cercam a táctica como arame farpado, o Benfica conseguiu olhar para a si próprio.
Vencemos com mérito, fomos merecedores, embora a exibição estivesse longe do sublime, o resultado foi e é muito bom para nós.
O Benfica mostrou-se sólido e determinado. Nos primeiros minutos exploravam o campo tentando desvendar caminhos para o golo. Os nossos Homens tinham mais posse de bola embora por vezes arriscassem demasiado as suas peles; refiro-me ao puxão de Luisão, susceptível a penálti, às subidas iniciais de David Luiz, ao ímpeto descontrolado de Gaitán... O 1º golo soube muito bem, Luisão fê-lo bonito deixando a rede a balançar para descanso dos adeptos. Contudo o Hapoel tinha a lição bem estudada e aproveitava todas as falhas do Benfica em contra-ataques rápidos que mostravam certas fragilidades no nosso muro defensivo. O Benfica baixou de nível após o golo e o adversário ameaçou, houve alguns passes errados e algumas falhas de posicionamento.
Na segunda parte a história foi diferente. Com a substituição de Gaitán por Maxi Pereira, e a consequente subida do Rúben na ala direita, o Benfica ficou muito mais consistente a atrevido. Nesses minutos tivemos um cheirinho da época passada, os jogadores estavam mais aguerridos e saíam para o ataque muito mais organizados. O 2º golo não tardou e aí revelou-se o ex-líbris do jogo, um monumental desentendimento entre Tacuara e os adeptos fez aumentar os decibéis do estádio com uma apupadela que ninguém há-de esquecer. O Hapoel baixou os braços, contudo ainda conseguiu fazer a baliza tremer com uma bola quase invisível na trave.
Este Hapoel não se mostrou poderoso, mas deixa o aviso de que precisamos ter cuidado, pois eles não estão para brincadeiras e tenho a certeza que em Israel lutarão afincadamente pela vitória, e os seus adeptos farão concerteza a vida negra ao Benfica.
Não me querendo alongar muito mais faço os meus destaques positivos do jogo. Considero Aimar e Carlos Martins incansáveis no rumo da Glória, sendo que o Mago foi das peças mais determinates da equipa. Há jogadores que estiveram menos bem, caso de Saviola, David Luiz..., mas todos foram merecedores e tenho a certeza que se não fizeram melhor ontem, hão-de fazê-lo no próximo, pois nós sabemos e eles também sabem daquilo que são capazes. O reforço Gaitán mostra que ainda tem que evoluir, mas sei que tem potencial e querer.
Já o disse e torno a dizer, parabéns equipa! Com este nivel exibicional não seremos certamente os detentores do troféu dos Campeões, mas ficou a prova cabal, que mesmo cambaleante o Benfica consegue vencer jogos e a este ritmo evoluirá a bons olhos, podendo chegar longe na LC e mostrar a este país de que fibra é feito.

FORÇA BENFICA! RUMO À GLÓRIA

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